terça-feira, 19 de outubro de 2010
ANA JÚLIA EM DEBATE!
O debate na Record varou a madrugada e, quando saí, recebi o carinho e os cumprimentos da militância da militância, que assistiu a todo o debate.
Na campanha, por parte dos tucanos o clima está tenso e o meu adversário, com ar de desespero foi ao debate com números irreais, atropelando na verdade, criando fantasias, creio que tentando desorientar o eleitor, com 1001 histórias da carochinha.
E não consegue responder de forma simples e direta a perguntas objetivas, como a que foi feita pela jornalista Elena Brito: se ele não se sentia de certa forma culpado pela falta de políticas sociais em seu governo e se essa ausência de políticas não resultou na criação de uma geração de jovens perdidos para a criminalidade no Pará.
Meu adversário desconversou e negou que tivesse feito um governo somente de grandes obras para a elite.
Governando para o povo - No debate, mostrei com dois exemplos claros o que é governar para o povo: criei o programa Bolsa Trabalho e hoje há mais de 70 mil Bolsas Trabalho distribuídas aos jovens no Pará. E com o programa de inclusão digital Navegapará, o acesso à internet gratuita chegou à população de baixa renda.
Investimento em saúde - O programa eleitoral do meu adversário está no terreno pantanoso da inverdade, da geração de confusão na cabeça do eleitor. Por isso, fiz questão de mostrar os dados reais de investimento em saúde do meu governo, comparado com o governo dele: simplesmente, no meu governo, saltou de de R$ de 3,9 bilhões para R$ 5,3 bilhões o investimento em saúde.
Educação - Ao assumir o governo, encontrei 90% das escolas precisando de reforma, além dos professores desvalorizados. Atuamos firme na reforma da estrutura das escolas que estavam caindo aos pedaços, como a Irmã Dulce em Parauapebas; e a Terezinha de Jesus, em Abaetetuba. Implantamos uma política de respeito aos servidores, com a aprovação do PCCR, aumento do auxílio-alimentação e eleições diretas para diretores de escola.
Escolas tecnólogicas - Outro dado que informei no debate é que no meu governo as vagas nas escolas tecnológicas aumentaram de 1.700 para 10.000 vagas.
Transporte - Defendi a interligação do transporte hidroviário e rodoviário para atenderem às necessidades de deslocamento do Estado. Uma importante ação nesse sentido será as eclusas de Tucuruí, que vão permitir a navegabilidade do rio Tocantins.
Preconceito - Meu adversário mostra todo seu preconceito com idosos ao afirmar que o ex-governador Almir Gabriel, de 78 anos, seria "velho demais" para governar o Pará. O mesmo preconceito contra a mulher, tratando em sua propaganda eleitoral as diaristas como uma profissão inferior.
Como não têm propostas, os tucanos copiam nossas propostas e atacam os programas sociais que temos feito pra melhorar a vida das pessoas do Pará.
E nós, vamos fazendo campanha, conversando com a população, comparando o que eles fizeram e o que nós fizemos.
Vamos continuar trabalhando com vontade e nenhuma preguiça, sem olhar pros lados e construindo com o povo a corrente do bem. Como hoje pela manhã, em caminhada no Guamá, em Belém.
Postado por Blog Ana Júlia
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Dilma e a fé cristã
Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária aos princípios do Evangelho e da fé cristã
Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte.
Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.
Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho.
Nada tinha de "marxista ateia".
Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos.
Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.
Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.
Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.
Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho.
É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.
Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto...
Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.
Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.
Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.
A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.
Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.
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FREI BETTO, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor de "Um homem chamado Jesus" (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004, governo Lula).
Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte.
Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.
Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho.
Nada tinha de "marxista ateia".
Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de "abortista" ou contrária aos princípios evangélicos.
Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.
Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.
Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.
Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que "a árvore se conhece pelos frutos", como acentua o Evangelho.
É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.
Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto...
Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.
Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.
Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.
A resposta de Jesus surpreendeu: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes..." (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.
Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.
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FREI BETTO, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor de "Um homem chamado Jesus" (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004, governo Lula).
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