De
acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (22), para
83% da população brasileira apresidente eleita, Dilma Rousseff (PT),
fará um governo igual ou melhor que o do presidente Lula.De acordo com o
instituto, a expectativa de 53% dos entrevistados é que a gestão da
petista seja similar à do antecessor. Outros 30% avaliam que ela se
sairá melhor.
Para 73%, o futuro governo de Dilma será
ótimo ou bom. É o segundo percentual mais alto de expectativa sobre o
mandato de um presidente eleito desde a redemocratização do país.Em
dezembro de 2002, a expectativa positiva sobre Lula era de 76%.
Os números de Dilma superam os do tucano
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) tanto no primeiro mandato (70%)
como no segundo (41%). Fernando Collor (1990-92) obteve 71%. Não foi
feita pesquisa em 2006.
Os picos positivos foram demonstrados no
Nordeste do país, especialmente em Pernambuco (78%), no Ceará (79%) e em
Minas Gerais (80%). No Sul, o índice de otimismo cai para 68%.
Foram ouvidas em todo o país 11.281
pessoas, de 17 a 19 do mês passado. A margem de erro é de dois pontos
percentuais para mais ou para menos.
O instituto também sondou o percentual de
confiança dos eleitores sobre o cumprimento de promessas de campanha.
Uma parcela de 31% disse acreditar que ela cumprirá a maioria das
promessas, outros 59% esperam que cumpra parte delas, e 6% acham que não
realizará nenhuma.
Os números são similares ao que o
brasileiro esperava de Lula em 2002. À época, 31% acreditavam que ele
fosse cumprir suas promessas.
A diferença entre a expectativa em relação a
Dilma e a que se tinha sobre o Lula está nas áreas de atuação de
governo. Para 18% dos entrevistados, a gestão dela se sairá melhor na
saúde. Em seguida, aparecem economia (12%) e educação (12%).
Quando se trata da expectativa sobre a área
em o novo governo terá o pior desempenho, destacam-se saúde (13%),
combate à violência e segurança pública (13%).
Antes do primeiro mandato, 27% apostavam
que a administração de Lula avançaria no combate ao desemprego, e 18%,
na erradicação da fome e miséria. Para 10%, a economia declinaria.
Tanto Lula como Dilma marcam seus índices
mais altos de "ruim ou péssimo" quando a expectativa é sobre o combate à
corrupção (10% para ele, e 20% para ela).
A exemplo do que ocorreu em relação a Lula
(43%), em 2002, agora os entrevistados acreditam que os "trabalhadores"
serão os mais beneficiados pelo governo (33%).
Nos demais setores a serem beneficiados, no
entanto, não há semelhanças. Em 2002, 14% citavam a agricultura, e 11%,
a indústria, como áreas que seriam privilegiadas. Neste ano, aparecem
políticos (13%) e bancos (10%).
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