sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dilma lança PAC contra a miséria

A presidenta Dilma Rousseff reuniu-se com oito ministros na manhã desta quinta-feira (6), no Palácio do Planalto, para dar o ponta-pé inicial a um programa para erradicar a pobreza extrema no Brasil. De acordo com a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, a quem caberá coordenar o programa, a proposta seguirá os moldes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com metas claras de gestão e monitoramento. O grupo conta com a participação de oito ministérios que definirão, daqui para frente, as etapas a serem desenvolvidas.
Roberto Stuckert Filho/PR
Entre as propostas está a ampliação de programas de inclusão produtiva, da rede de serviços e benefícios sociais já existentes, como oferta de saneamento básico, além de políticas voltadas à educação e saúde. O combate à miséria foi um dos motes da campanha de Dilma, uma das principais promessas do discurso de posse e é o primeiro programa anunciado pela nova presidenta.   
“Vamos construir um modelo de gestão, como fizemos para o PAC (...), para prestar contas à sociedade e à imprensa sobre o andamento dessa metas”, disse a ministra Tereza Campello. 
O grupo interministerial terá reuniões periódicas para estruturar o programa e divulgá-lo à sociedade. De acordo com a ministra, a ação do governo se dará independentemente de outros programas sociais já existentes, como o Bolsa Família. 
Apesar de ainda não ter um nome definitivo, a ministra Tereza Campello informou que Ana Fonseca será a secretária executiva. Ela atuou na elaboração de políticas sociais no governo Lula e foi umas das organizadoras do Bolsa Família. 
Novo programa do governo federal pretende acabar com a pobreza extrema
Presidenta Dilma Rousseff se reuniu com oito ministros no Palácio do Planalto para discutir a criação de amplo programa para erradicar a pobreza extrema no País
Ana Fonseca disse que sua expectativa é de ampliar a cidadania no País e que os investimentos virão do orçamento já previsto. “Estamos trabalhando no sentido de universalizar a rede de serviços. Essa é uma expectativa do governo. Não vamos atacar a agenda da pobreza apenas com políticas de transferência de renda. Nossa agenda é de inclusão social e produtiva, de ampliação da rede de serviços públicos, de saneamento, oferta de água, saúde, educação e qualificação profissional”, disse a secretária. 
Sobre um eventual reajuste do valor do Bolsa Família, Campello explicou que o tema não foi tratado na reunião com a presidenta Dilma e não há qualquer decisão ainda sobre o assunto. 
Quanto ao novo programa, ela acrescentou que um comitê gestor foi criado no centro do governo, coordenado pelo MDS, com a participação dos ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Casa Civil. Ao todo, o ministério terá a colaboração de oito pastas. 
“Vamos organizar, no próximo período, essas metas e trabalhar em reuniões bilaterais. No comitê gestor, vamos organizar o desenho do programa e apresentá-lo à sociedade e aos parceiros estratégicos, entre eles os governos estaduais e municipais”, afirmou. 
Participaram da reunião com a presidenta Dilma, além da ministra Tereza Campello, os ministros Guido Mantega (Fazenda), Antonio Palocci (Casa Civil), Miriam Belchior (Planejamento, Orçamento e Gestão), Alexandre Padilha (Saúde), Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), Fernando Haddad (Edução) e Mário Negromonte (Cidades). 
A expectativa é que uma nova reunião para coleta de sugestões dos integrantes do grupo ocorra na próxima semana e que, a partir daí, elas sejam realizadas regularmente.

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