A presidenta Dilma Rousseff declarou, nesta quinta-feira (27), durante o anúncio da doação de seis mil moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida para os desabrigados da região serrana do Rio de Janeiro, que o governo manterá o controle da inflação e que o país continuará crescendo. “Não negociaremos com a inflação e vamos manter a economia crescendo sistematicamente”, enfatizou.
Ela afirmou também que o Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) não sofrerá cortes ou interrupção de
verbas para que o governo federal atinja a meta de superávit primário.
"Nós não vamos, nós não vamos, vou repetir
três vezes, nós não vamos contingenciar o PAC. Nós não vamos
contingenciar o PAC", disse Dilma,referindo-se a um termo técnico usado
para tratar de bloqueio de recursos.
Tema recorrente nos discursos da
presidenta, a redução da desigualdade voltou a ser abordada por ela. “Um
país só é, de fato, rico, se formos capazes de reduzir a desigualdade
regional e a desigualdade social. Essa redução é uma combinação entre
uma taxa determinada de crescimento econômico e políticas de governo”,
explicou.
No evento, em um breve discurso, Dilma
afirmou que tragédias como a do Rio de Janeiro, não podem voltar a
acontecer. “Não podemos deixar que se repitam catástrofes dessa
dimensão. Nós todos temos, hoje, ainda mais, conhecimento do que é
necessário fazer para evitar isso”.
À noite, em Porto Alegre (RS), durante
cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do
Holocausto, Dilma classificou o genocídio nazista como “uma das mais
lamentáveis violências do homem contra o homem na história da
Humanidade”. Segundo a presidente, “o holocausto abriu no mundo uma
determinada prática de trato do opositor político que consiste, em
calá-lo, mas não apenas silenciá-lo ou derrotá-lo em uma guerra,
trata-se de reduzi-lo, através da tortura, da dor e da morte lenta, como
aquela praticada nos campos de concentração”. Assista.
Holocausto
Após cumprir agenda no Rio de Janeiro, a presidenta Dilma Rousseff foi a Porto Alegre (RS) participar da cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Na ocasião, a presidenta homenageou o povo judeu que, segundo ela, soube manter viva a integridade, por meio de uma resistência cultural e religiosa vibrante e insubordinável.
Após cumprir agenda no Rio de Janeiro, a presidenta Dilma Rousseff foi a Porto Alegre (RS) participar da cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Na ocasião, a presidenta homenageou o povo judeu que, segundo ela, soube manter viva a integridade, por meio de uma resistência cultural e religiosa vibrante e insubordinável.
“O holocausto não é nem nunca será só um
momento histórico. O holocausto abre no mundo uma determinada prática de
trato do opositor político, que consiste em calá-lo, mas não apenas
silenciá-lo, trata-se silenciá-lo através de sua redução a
sub-humanidade, através da tortura, da dor e da morte lenta (…). Não se
confunda o dever da memória com a passividade da simples lembrança. A
memória expressa a firme determinação de impedir que a intolerância e a
injustiça se banalizem no caminho da humanidade”, disse.
A presidenta Dilma lembrou que o povo
brasileiro, endossado pela Constituição Federal e as legislações a ela
associadas, rejeita qualquer tipo de discriminação e de preconceito e
celebra a primazia dos Direitos Humanos sobre quaisquer outros direitos.
A presidenta foi clara ao reafirmar o compromisso de seu governo como
um incansável defensor desse valores de igualdade, dignidade humana e
respeito aos direitos humanos.
Em seu discurso, a presidenta lembrou as
seis milhões de vítimas do holocausto e declarou que não é mais possível
que o mundo aceite o ódio, a xenofobia e a intolerância. Segundo ela, o
Brasil é exemplo pela diversidade de seu povo e a convivência pacífica e
harmônica no território nacional.
A presidenta lembrou que desde 1948 o país
defende junto à ONU a paz no Oriente Médio e reafirmou que o Brasil
continuará pensando na paz e negociando pela paz e pelos direitos
humanos, guias de seu governo.
“Nós não somos um povo que odeia, que
respeita o ódio. Eu tenho a honra de dar continuidade a um governo que
lutou nos últimos oito anos pela afirmação da paz, em especial no
Oriente Médio (…). Nós acreditamos que é nosso dever não compactuar com
nenhuma forma de violação dos direitos humanos em qualquer país,
inclusive o nosso”, disse.
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